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Meu cantinho.

Meu cantinho.

A autoestima segundo Cristian Germain

A autoestima é o valor físico e emocional que damos a nós mesmos. É o estado de espírito resultante de como tratamos nossos conflitos internos durante a vida. Este estado é criado de acordo com o maior ou menor valor atribuído a cada acontecimento vivido. Se o fato marcou de maneira negativa e produziu uma grande carga emocional, esta carga permanecerá e tomará parte na expressão da pessoa.

A autoestima resulta da soma da percepção física, emocional, do nível de compreensão de si e dos outros, do nível de aceitação da personalidade, mais a capacidade intelectual e espiritual de cada um. É o valor atribuído a si advindo da compreensão que cada um tem do momento que está vivendo, somados às características individuais existentes. Aquilo que a pessoa é determina sua forma de pensar, e é o que modera a intensidade do que ele sente mediante os acontecimentos. As idéias formam hábitos, e os hábitos formam o caráter. 

Relações tóxicas. Texto de Gisele Rodrigues

Em alguns relacionamentos o carinho, a atenção, as surpresas e todas as boas coisas do início da paixão deixam de existir. Na maior parte das vezes o casal não encontra a felicidade quando estão juntos e o que resta é um grande alívio quando estão longe um do outro. Ou seja: alguma coisa está errada. Por mais que os envolvidos insistam em acreditar que é uma fase, que o outro vai melhorar e que tudo voltará a ser como antes, estão em constante sofrimento.

Com o passar do tempo os relacionamentos vão mudando, mas os saudáveis não drenam a nossa energia, não fazem com que estejamos em estado de alerta continuamente, não nos deixam de mau humor. Pelo contrário. Boas relações fazem com que as pessoas fiquem mais dispostas, revigoradas, felizes e confiantes. Com isso em mente responda com honestidade: seu relacionamento te faz bem ou mal?

O seu parceiro fica bravo com você o tempo todo? Você está vivendo em constante tensão? Tem medo de expressar seus sentimentos? Recebe críticas exageradamente? O parceiro faz piadas sobre você ou critica suas características? Fique alerta. São muitos os indícios de relações disfuncionais. E essas características podem ser algumas delas.

Uma relação feliz transmite proteção e segurança, e não o oposto. A pessoa demonstra o que sente e permite que você faça o mesmo. E demonstrar não é apenas falar palavras bonitas. É tratar com respeito, empatia, cordialidade.

Em relações saudáveis as pessoas têm confiança e liberdade para falar de seus problemas, expressar o que sentem e ajudar um ao outro a conseguir o que for preciso. Se há falta de diálogo, um não escuta o outro, os problemas do outro são considerados sempre mais importantes do que os seus e o que você sente não é considerado, essa relação não está equilibrada.

Discussões fazem parte da vida de todos os casais, mas se elas são constantes e seu parceiro age com grosseria, grita, humilha ou usa de violência física, não há dúvida de que existe uma relação tóxica. O desrespeito cria marcas profundas e nunca é totalmente esquecido, tornando difícil criar intimidade e conexão verdadeira entre o casal.

Ter medo de ser você mesma por sofrer retaliações ou por não saber como ele pode reagir não é saudável. Você precisa ter liberdade para tomar decisões sobre os seus estudos, sua carreira, os amigos com os quais deseja conviver, as roupas que prefere usar. Se o seu parceiro é autoritário, não se importa com as suas opiniões, exige que você faça o que ele quer é mais um indício de que o relacionamento é tóxico.

Procure identificar os motivos que levam você a se sentir mal no seu relacionamento. Se julgar necessário, procure ajuda profissional para se conhecer melhor, estabelecer seus próprios limites e, quem sabe, chegar a conclusão de que precisa romper com essa toxicidade e se afastar.

Todos merecem viver um relacionamento feliz.

ÀS VEZES É PRECISO MANDAR IR À MERDA MESMO. TEXTO DE SÍLVIA MARQUES

Como defendi em muitos artigos e defendo vigorosamente em minha vida cotidiana e banal, a generosidade e a gentileza devem ser palavras de ordem. Dizer bom dia, boa tarde, boa noite, sorrir, acenar, falar obrigado e por favor, pronunciar um elogio sincero fazem bem para os outros e para nós mesmos.

Por outro lado, paciência tem limites e bondade não é sinônimo de burrice. Ás vezes é preciso mandar ir à merda mesmo, alto e em bom som caso a pessoa em questão não escute direito ou tenha problemas para abstrair.

Ninguém é obrigado a pensar como ninguém, mas ninguém precisa destilar suas verdades como o mais vil veneno. Ninguém é obrigado a simpatizar com ninguém, mas ninguém tem o direito de jogar tal antipatia na cara dos outros. Mas se por acaso alguém desrespeita a opinião alheia, dá um show de antipatia ou esculhamba por falta de coisa melhor para fazer ou simplesmente para se sentir menos péssimo consigo mesmo, deve preparar-se para ir à merda.

Muita gente acha que é falta de educação dar respostas malcriadas para gente sem noção, que se sente dona da verdade, que quer convencer os outros com argumentos baixos, que finge não entender para criar polêmica. Acho que a pessoa perde o direito de ser tratada com educação quando ela é propositadamente idiota.

Infelizmente, algumas pessoas param de encher o saco apenas quando são tratadas com firmeza e um pouco de ironia. Caso contrário continuam se achando as maravilhosas do pedaço. Acham-se poderosas e assertivas por dizerem palavras ofensivas. Para mim estas pessoas inconvenientes, pretensiosas, que vomitam suas lindas verdades sem filtros têm preguiça mental porque discordar com classe e educação exige um trabalho intelectual muito mais elaborado e cuidadoso do que simplesmente exibir o seu acervo de grosserias.

Mandar ir à merda não significa necessariamente usar estas palavras. Ás vezes mandamos à merda com um olhar de desprezo, com uma resposta irônica ou apenas com um constrangedor silêncio. Um e-mail não respondido, um convite não aceito podem ser formas bem eloquentes de mandar ir à merda. Não quero dizer que toda vez que não respondem a um e-mail nosso, estão nos mandando ir à merda. Às vezes a pessoa em questão não respondeu porque está num mau momento. O mesmo se refere a convites. Mas quando alguém começa a nos evitar de forma sistemática, ela provavelmente está nos mandando ir à merda. Às vezes com motivo, às vezes sem motivo. Não entrarei nesta questão.

O que desejo ressaltar é que não precisamos engolir tudo. Não precisamos levar na cara e achar normal. Ninguém é saco de pancada de ninguém. E se alguém se sente no direito de transformar os outros em sua válvula de escape para o estresse do dia a dia , mande à merda sem a menor cerimônia.

Digo mais: quando o idiota em questão for você mesmo, mande a sua insegurança e os seus traumas e manias irem à merda também. Seu lado medroso está te privando de um prazer delicioso? Mande-se à merda! As suas manias estão roubando o seu tempo livre e o seu bom humor? Mande-se à merda! O seu passado triste está atrapalhando o seu presente? Mande-se à merda juntamente com quem te ajudou a ferrar o seu passado! Pode ser bem divertido!

 

 

 

 

ALGUMAS PÁGINAS A GENTE NÃO VIRA, A GENTE RASGA. TEXTO DE PROF. MARCEL CAMARGO

Algumas pessoas e certos acontecimentos devem mesmo é ser enterrados, esquecidos, deletados de nossa memória, de nossa vida.

É inegável o peso que um passado mal resolvido pode ter em nossas vidas. Muitas vezes, fica difícil apressar os passos em direção ao futuro desejado, carregando pendências dentro de si. É preciso colocar um ponto final em tudo o que não tem mais jeito. Se necessário, é preciso apagar aquilo de uma vez por todas.

Enquanto vivermos, faremos escolhas equivocadas, amaremos a pessoa errada, confiaremos em quem não deveríamos, falaremos o que era para ser guardado. É assim que a gente cresce, aprende e se torna menos suscetível de cometer as mesmas burradas. A não ser que a pessoa se negue a repensar a própria vida, julgando-se a dona da verdade; do contrário, os erros podem ser benéficos, apontando-nos quais caminhos evitar e nunca mais seguir.

Ninguém consegue caminhar com segurança, enquanto ainda guarda cicatrizes emocionais, enquanto seu coração está preenchido com inseguranças e pesos mal resolvidos. Recomeçar implica libertar-se das amarras que impediam um olhar esperançoso diante do horizonte lá na frente, diante do amanhã. Pendências são como nós, que diminuem a fé, atravancando todas as possibilidades que se encontram disponíveis diariamente a cada um de nós.

Na verdade, nem tudo o que ficou lá atrás deve ser revisitado. Embora digam que o passado é lugar de referência e não de residência, algumas pessoas e certos acontecimentos devem mesmo é ser enterrados, esquecidos, deletados de nossa memória, de nossa vida. Alguns erros a gente lembra para não repeti-los, mas há passados que não trarão absolutamente nada de bom ao serem trazidos de volta. Vale mesmo é rasgar essas páginas e, se possível, queimá-las.

Como se vê, o passado pode, sim, muitas vezes, servir-nos de lição, como parâmetro de comportamentos que não devemos repetir. Refletir sobre o que estamos fazendo de nossas vidas é extremamente necessário, porém, existem passagens tão doloridas e traumáticas, que devem permanecer bem longe de nossa vida, de nossos pensamentos, de nossas lembranças. É assim que a dor cicatriza de vez.