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Meu cantinho.

Meu cantinho.

QUANDO O CORAÇÃO DÓI, MAS SEU PIOR INIMIGO É VOCÊ MESMO. TEXTO DE VIVI BECKER

Uma reflexão sobre o término de um relacionamento e como nosso coração pode ser traiçoeiro de vez em quando.


O mais difícil quando o amor acaba não é aquela dor no coração que parece que ele vai sair peito afora ou o nó que sufoca a garganta, ou as lágrimas que escorrem a rodo pelo rosto, mas descobrir que você era uma pessoa diferente do que você achava que era.

O amor é um prato que devia ser servido quente, mas muitas vezes somos nós mesmos que esfriamos esse prato, com nossas inseguranças e devaneios.

Muitas vezes você achou que lutava pelo seu relacionamento, mas ao invés disso estava só ajudando a boicotá-lo. Sim, todas as vezes que você pressionou seu parceiro a fazer ou não fazer algo que ele queria, era você mostrando que queria moldá-lo de alguma forma, e quantas vezes repetimos isso? Ou em quantos relacionamentos? E vimos todos eles acabarem da mesma forma, com a outra pessoa se sentindo sufocada e você ficando sozinha mais uma vez.

A gente não se apaixona pela pessoa, mas sim, por uma idealização dela, e ficamos muito tempo fazendo a pessoa real se tornar a idealizada.

Nós aprendemos que cometer certas atitudes são benéficas, desde que sejam por amor, e nessas atitudes acabamos anulando muito de nós mesmos, e anulando o outro. Na hora do término, vemos uma faceta nossa, que nunca queríamos ter visto, e isso dói mais do que o próprio término. Saber que você pode sofrer por alguém a ponto de pôr aquela pessoa acima da sua felicidade te faz pensar em muito do que você almejou para si a vida toda, e pensar no que você está fazendo com tudo isso. No final do amor, você acaba descobrindo que até mesmo humilhação faz parte de você e essa pessoa que você está vendo no término não é nada bonita, nem chega a ser sombra de você.

A gente tem que começar a aprender a sair de relacionamentos antes de tudo explodir, temos que começar a sair dessa quando os primeiros xingamentos vêm, pois é quando o respeito acaba. A gente tem que começar a aprender que relacionamentos estão ali para nos fazerem bem e não para nos fazer sofrer, e que viemos para esta vida para sermos felizes, não mártires de nosso coração.

É muito fácil ouvir dos outros que tal relacionamento não é bom para você, mas quando você está dentro de um relacionamento ruim o que você mais quer é que dê certo de alguma forma, não só pelo sentimento, mas também para que você não se sinta um fracasso, todos nós entendemos isso. E estamos errados nisso também, sair de um relacionamento que não faz bem para ti, é ser vitorioso, é ter escolhido a sua sanidade e a sua felicidade ao invés de um engano.

Por isso, da próxima vez que isso começar a acontecer contigo, escolha a si próprio, para muitas pessoas é difícil pensar mais com a razão do que com o coração, mas você sabe que a tua mente grita quando algo está errado, por isso escute a mente, pelo menos dessa vez.

E se você está passando por isso, calma, tudo vai passar, faça a escolha certa por sua dignidade, saia dessa, e quando você menos esperar vai ver que tudo sumiu. Recomeços são necessários na vida, para que possamos crescer e nos transformarmos em pessoas melhores.

Sempre existe uma nova história, um novo olhar, um novo palpitar, não se preocupe, o bom sempre está em algum lugar.

 

 

A IMPORTÂNCIA DE VIVER O AGORA. TEXTO DE VIVI BECKER

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."

Dalai Lama


Vivemos numa sociedade onde o tempo passa muito rápido, passamos horas do dia no trânsito, horas no trabalho, horas nos organizando para o que vamos fazer, horas em academias, treinos, escolas, faculdades, cursos, supermercados, bancos, filas sem fim. Essa mesma sociedade é a que nos cobra a sermos bem sucedidos em todos os campos de nossa vida, a sermos sempre ocupados, sempre sociáveis, sempre bonitos e bem arrumados. A mesma sociedade que taxa, quem decide desacelerar, de louco ou preguiçoso. Uma sociedade que está criando cidadãos cheios de transtornos psicológicos, como a ansiedade.

Se pararmos para pensar, nunca estamos com a cabeça no agora, no momento em que estamos vivendo, estamos sempre com a mente na próxima reunião, ou no que vamos fazer no final de semana, ou na viagem de final de ano, mas nunca nos damos o prazer de pensarmos no segundo em que estamos e classificarmos se estamos bem com aquilo que está acontecendo naquele momento. E se não estamos preocupados, ou planejando algo que ainda vai acontecer, estamos nos arrependendo de algo que achamos que fizemos errado, sem realmente refletirmos sobre aquilo que passou. Chega a ser uma tortura viver assim, sempre no passado, ou no futuro, nunca no presente. E no mundo conectado em que vivemos, muitas vezes, um simples exercício como se concentrar em ver um filme, se torna não mais uma forma de prestar atenção só naquilo, com as notificações no celular piscando a todo o momento, não paramos nunca. Estamos sempre ligados em algo, mas nunca no algo que estamos fazendo.

Vivemos para sobreviver na selva, lutamos por nossos salários todos os meses, lutamos para terminarmos o mês com as contas pagas e com a mesa farta, a vida está mesmo difícil para todos, mas fico pensando, e se as coisas não melhorarem? Vamos passar o resto de nossas vidas sobrevivendo e nos moldando a uma fôrma que querem que caibamos? Não vamos mesmo aproveitar nenhum momento? Vamos só sobreviver? Vamos só viver com a cabeça na planilha de contas e nos sonhos que nunca conseguimos alcançar? Só de pensar em tudo isso, o ar vai me faltando, é desses transtornos que eu estava falando antes.

A resposta para tudo isso é simples, a escolha de como viver é nossa, e só nossa. Eu cheguei à conclusão, de que eu devia viver o momento presente, e vejam só, minha mente está bem melhor agora, mais firme, presente de verdade, mais realista, vivendo prazeres que antes não existiam para mim. É um exercício diário, e você deve estar pensando, que não precisa disso, ou que não precisa de reflexão ou auto-ajuda, mas pense bem, você vive cada momento da sua vida, ou está sempre com a cabeça em outro lugar?

Estar consciente nas coisas que você faz diariamente é privilégio, tomar verdadeiramente um café, sentindo o aroma, o sabor, vendo a cor dele, sentir aquela paz no seu coração de estar tendo um momento de verdadeira felicidade, é algo que poucas pessoas têm, e isso sim, meu amigo, é estar feliz. Essa consciência é conquistada com muito esforço e um passo de cada vez. Tente se lembrar da última vez que você se concentrou em ler um livro, sem conversar com alguém, sem olhar o celular, simplesmente se envolver numa história. Comece com exercícios simples, como esse. E sua vida vai tomar uma nova cor, um novo tipo de amplitude.

Você vai tomar decisões com muito mais clareza e objetividade, seu ar não vai mais faltar em seus pulmões quando pensar sobre o futuro, pois você está tendo mais momentos de prazer e felicidade do que antes, e sua vida vai ficar mais simples, já que tudo que você precisa está ali e agora. Cada dia vai ser único em sua vida, e cada dia vai ser uma vitória a mais no seu caderninho de vitórias e o sucesso vai vir, vai vir por que você decidiu viver, e quem vive alcança o sucesso mais rápido. A auto estima vai se estabelecer em sua mente como um velho amigo se estabelece em seu sofá, e os objetivos vão ficar bem mais claros e confiantes no seu horizonte.

Deixe as preocupações de lado, e tu vai ver que elas não têm mesmo tanta importância, diante das maravilhas que tu vem perdendo. Estar presente é dádiva, é benção. Não perca mais um minuto da tua vida, viva de verdade.

 

DESPEDIDAS TAMBÉM SÃO PRESENTES. TEXTO DE PAMELA CAMOCARDI

Despedidas são de lascar. Arrebentam com o nosso emocional e nos levam a nocaute rapidamente. A vantagem é que quando a dor passa nos levantamos mais fortes e começamos a entender que muitas despedidas são, na verdade, presentes.

Despedidas são de lascar. Arrebentam com o nosso emocional e nos levam a nocaute rapidamente. A vantagem é que quando a dor passa nos levantamos mais fortes e começamos a entender que muitas despedidas são, na verdade, presentes.

Nenhuma despedida é fácil. Mesmo quando somos nós que decidimos partir, sempre fica aquele sentimento de “poderia ter tentado mais” ou “e se dessa vez fosse diferente?”. Ouso comparar as despedidas como um corte de cordão umbilical. Parece que a vida nos tira a força de um lugar seguro e confortável para nos apresentar algo diferente e novo e isso é assustador.

Há vários motivos de despedidas, mas nenhum deles é fácil. Despedir-se de uma relação abusiva é tão difícil quanto despedir-se de um ente querido e o motivo é simples: em ambas as situações o que dói não é ausência física, é a ausência emocional.


Dói saber que a relação não deu certo e que os projetos feitos a dois ficaram apenas no papel. Dói lembrar as ofensas, as agressões e as humilhações ditas por quem você julgava amar. Dói a mudança na rotina, nos hábitos, nos planos. Mas, é importante lembrar que, na mesma proporção que a dor vem, o amadurecimento emocional acompanha.

Contrariando Shakespeare que definia a despedida como “uma dor suave”, acredito que ninguém se despede feliz de um ciclo. Despedidas são situações constrangedoras e dolorosas que envolvem muito autocontrole e inteligência emocional.

Porém, como tudo na vida tem dois lados, é preciso entender que muitas histórias começam nas despedidas. Às vezes, é preciso dar aquele “adeus” dolorido, fechar a porta e caminhar sem olhar para trás para que o novo chegue e nos surpreenda.

Pode ser que a despedida de um antigo amor abra às portas para um novo. Ou que a amizade desfeita na falsidade encontre uma nova sincera ou, até, que um novo emprego apareça quando você tiver coragem de abandonar o antigo. O fato é que muitas possibilidades se escondem atrás de uma despedida.

Tenha coragem de viver uma nova história. Permita-se experimentar novas emoções. Acredite que despedidas são também presentes. Como dizia Millôr Fernandes: “do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus”.